CRDSP

A dança na cidade de São Paulo pulsa. E pulsa em todos os sentidos. Em todas as direções. Pulsa a originalidade, pulsa a ousadia e a reverberação de códigos que se atualizam constantemente, resultado da riqueza de nossa formação cultural. Pulsa também a necessidade de se criar um Centro de Referência da Dança. Um Centro de Referência de todas as danças, direcionado à preservação, à história, à divulgação de pesquisa e informação na área da dança, à democratização de acesso, à realização de atividades que possam manter viva a memória da dança, nas suas mais diversas expressões e manifestações.

Um Centro de Referência da Dança comprometido com a discussão da produção artística da contemporaneidade, que se configure não apenas como um espaço de atividades de dança, mas como uma verdadeira ação de política pública da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.

Neste sentido, fundamentada pela concepção da Cultura a partir das dimensões simbólica, cidadã e econômica, além da efetivação de um espaço que abrigasse múltiplas ações de formação, reflexão e produção, em consonância com os diversos setores da SMC, é que a Cooperativa Paulista de Dança, entidade representativa dos profissionais de dança do Estado de São Paulo, apresentou uma proposta para a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, para o gerenciamento da fase de criação do Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo. O intuito é transformar a antiga sede da ‘Escola Municipal de Bailado’ – localizada na Praça Ramos de Azevedo, região central da cidade, em um espaço de confluência poética que, de modo atento e crítico, centra-se nos princípios da reinvenção, da diversidade e na apresentação de diferentes visões e abordagens artísticas no domínio da dança, possibilitando dessa forma, que o local se transforme num espaço de convivência, diálogo, pesquisa e troca de informações, além de revitalizar a área central da cidade e seu entorno.

O projeto tem o protagonismo como diferencial, promovendo ações que levam a dança para a cena cotidiana, pois dialoga com o cidadão paulistano, com a arquitetura, com a memória da cidade num exercício de sensibilidade trabalhando este olhar para a cidade, e especialmente para o contexto urbano em que estamos inseridos.

Não se trata apenas de ocupar um espaço que por si só já é um marco representativo da dança, com mais de 70 anos de história, mas sim estabelecer relações que resultem numa integração maior entre as poéticas contemporâneas, artistas, pesquisadores e públicos.

Dessa forma, a gestão desta primeira fase será conduzida pela Cooperativa Paulista de Trabalho dos Profissionais de Dança, entre os meses de agosto a dezembro de 2014. Ele é piloto de uma proposta maior da Secretaria, que estará disponível para consulta pública de modo que todos os interessados possam opinar e fazer sugestões de como deve ser a gestão deste equipamento para etapas posteriores.