A votação pública com os nomes indicados para a Sala Cênica foi encerrada e a escolhida com 39% dos votos foi Ivonice Satie. Os outros indicados foram: Klauss Vianna (com 32% dos votos), Maria Duschenes (com 17%), Marília Franco (6%) e Takao Kusuno (3%). A oficialização do nome acontecerá dia 11 de dezembro durante o Prêmio Denilto Gomes.
Figura importante da dança paulistana há mais de três décadas, a coreógrafa e diretora artística paulista Ivonice Satie morreu aos 57 anos, no hospital Oswaldo Cruz, na zona sul. Satie vinha lutando há dois anos contra um câncer que a deixara enfraquecida, mas não a afastara dos bastidores da dança. Mesmo doente continuou à frente da Cia. Sociedade Masculina.
Formada pela Escola Municipal de Bailados, Satie dançou durante 14 anos no Corpo de Baile Municipal de São Paulo -que deu origem ao Balé da Cidade- ganhando, inclusive, o APCA de melhor bailarina em 1977. Em 1982, antes de seguir para uma temporada na Suíça, participou como bailarina, diretora assistente e coreógrafa da montagem brasileira do musical "A Chorus Line".
Convidada por Oscar Araiz, trabalhou como bailarina e coreógrafa assistente durante seis anos no Grand Ballet du Théâtre de Genève. Já nos anos 90, esteve à frente do Balé da Cidade e foi assessora de linguagem artística de Diadema, na Grande São Paulo, onde criou um projeto social que deu origem à Companhia de Danças de Diadema. De 2003 a 2005, dirigiu a Companhia de Dança do Amazonas. Também foi diretora do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões (Sated).